domingo, 22 de janeiro de 2017

Processo de adopção!

Em Setembro de 2011 desloquei-me ao canil,uma vez que, me inscrevi na fila de espera, de forma a que quando nascesse um novo cão fosse informada para o adoptar.

Quando entrei no canil, perdi conta de quantos cães estavam à minha volta, de quantos animais precisavam de uma casa, de carinho e protecção ( tive vontade de os trazer a todos !!).


Mas como indicado segui a senhora do canil, fui até ao lugar onde se encontrava o "meu" cão , era um bebé de 3 meses, sem raça definida , com um ar triste e assustado ( naquele canil as "jaulas" são minúsculas), o cachorrinho estava com a mãe ( cadela de porte médio) e mal dava espaço para os dois, o chão era de pedra fria, tudo à sua volta não apresentava boas condições.

Mal o vi, percebi que era o cão que queria, peguei-o ao colo ( ele assustado fez me logo xixi em cima), deslocámos-nos até ao escritório do canil, preenchemos a papelada e viemos para casa !

Posso-vos dizer que ele veio aos meus pés no carro, e que não parou quieto o tempo todo com medo ( Lembro-me perfeitamente de passar a ponte 25 de Abril com a cabeça baixa para o agarrar, já não aguentava com dores no pescoço).


O processo de adopção é muito rápido, basta assinar uns papéis e trazemos logo o nosso patudo connosco.

Os primeiros dias foram terríveis ele recusava-se a comer, não comia ração, não bebia leite, tive de andar com colheres de sopa a dar-lhe comer à força, caso contrário, o mais provável seria falecer. 
















Eu já estava a perder a esperança, não sabia o que havia de fazer... contundo, no terceiro dia para meu alívio decidiu a comer a ração.
Deslocámos-nos ao veterinário para criar o seu boletim e também o desparasitamos 

(encontrava-se cheio de lombrigas).

Passado umas semanas ele já estava "em casa " , já brincava , já comia, já não chorava

 ( e graças a Deus tinha perdido a mania de comer os seus próprios dejectos ), começou a ir passear, descobriu o que eram as bicicletas, os comboios, os skates, a areia, o mar, os outros cães e as bolachas Marias 😅 ( Todos nós queremos mimar os nossos animais, vou relevar-vos que a 1ª vez que lhe dei uma bolacha Maria ele rosnou-lhe assustado, sem saber o que era).



                                               Agora já vai fazer 5 anos 


É um patudo feliz, um fiel companheiro, é um animal que teve o carinho e apoio que precisou, é um animal que podia ser só mais "um para abate" mas em vez disso teve um final feliz, é super meigo com a família/amigos e MUITO protector.



Nota: Aconselho a todos que adoptem animais, podemos marcar a diferença nas suas vidas, mas sobretudo, eles podem marcá-la na nossa, não tenham medo dos cães do canil, não são menos que os outros, antes pelo contrário, são animais que estão desejosos de receber mimos,não são "maus" antes pelo contrário vêm assustados, ganham um instinto de protecção para quem os acolheu e sobretudo aprendem a "estar" , aprendem o que é o "NÃO", o "sentar" e o "deitar" ,Sendo óptimos companheiros para as crianças .





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